sábado, 14 de junho de 2008

Morcego bebé

Passado oito dias resolvi devolver o morcego à mãe. Eu e os meus alunos, quando acabou a Festa de Final de Ano, fomos libertá-lo no local onde o havíamos recolhido.
Afastámo-nos e podemos observar vários morcegos adultos a voarem à sua volta e este a emitir sons, parecia chiar.
No dia seguinte, de regresso à escola, fui verificar se ainda lá estava mas, em vez deste encontrei outro, o que se vê na fotografia em baixo. Também observei alguns, caídos no chão já mortos. Com receio que lhe acontecesse o mesmo e visto a previsão da temperatura, para este dia, ser 36ºC apanhei-o e trouxe-o para casa. Na segunda-feira estou pensando devolvê-lo de novo à mãe.
Acrescento que, hoje dia 22 de Junho, devolvi este morcego à sua mãe, no local onde o havia recolhido. Com a certeza que não iria morrer de calor pois coloquei-o à sombra. No dia seguinte, de regresso à escola fui averiguar se ainda lá estava e fiquei satisfeita por já não o encontrar. Penso que a mãe o encaminhou...
Penso que esta espécie é: Nyctalus noctula (Morcego arborícola grande) mas não tenho a certeza.
Na quinta-feira, dia 12 de Junho de 2008, a temperatura subiu e o calor já se fez sentir, então, começaram a cair morcegos bebés dos seus ninhos vindos do telhado da escola onde trabalho. Os meus alunos, também preocupados com a pouca sorte destes, de vez em quando apareciam com um na mão, que encontravam no chão. Sem saber o que deveriamos fazer decidimos atirá-los para o telhado, mas sem sucesso, voltavam a cair. Resolvi apanhar um, trazê-lo para casa e tentar salvá-lo. Hoje, dia 14 de Junho, o morcego encontra-se numa cesta e na despensa que é divisão da minha casa mais escura. Eu estou a alimentá-lo com leite com um conta-gotas. Quero mais tarde, se sobreviver, libertá-lo. Não sei se haverá alguma solução melhor para o salvar. Agradecia, caso saibam, que me enviassem para o meu mail mongejosefa@gmail.com alguma solução para salvar este morcego.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cistus crispus (L.)


Foto tirada a 7 de Junho de 2008
Família : CISTACEAE

domingo, 1 de junho de 2008

Registo aqui este poema cedido ao meu amigo Luís Oliveira, pelo poeta popular ainda em vida deste e que amavelmente mo facultou.

Poema

Os matos que a natureza criou
cá na nossa região
são os que eu conheço
não posso dizer que não.

Às estevas, os sargaços,
o rosmaninho, a carrasqueira,
o estevão, a rusela, a giesta,
o mato branco, a madrunheira.

A salva brava, a madressilva,
o aderno, a loendreira,
o tojo, a olagra, a carqueja,
o urso branco, a daroeira.

O alecrim, o piorno, o furacanelas,
as silvas, o trovisco,
a trafeira, o pau-folhado,
a murteira, o lentisco,

A pargueira, a esteva-moura,
o alegracão, o zambujeiro,
a roseta, a tamuja,
o carrasco galego, o carapeleiro.

A carqueja, o urso de cepa,
o barbasco, a pirroliteíra,
só conheço estes matos a isca e a seíceira.

São trinta e oito qualidades de matos
que eu aqui tenho versado.
São os nomes que eu conheço,
eu não nasci ensinado.

Poeta popular da terra
Tio Zé Mãos Frias

Realmente belo!
É também belo verificar que as designações atribuídas a algumas plantas,pelo poeta, coincide com os nomes vulgares das existentes na Serra de Ficalho